Todos os anos a ORBITALL faz o pagamento final do Programa de Participação no Resultados - PPR, impreterivelmente no dia 28 de fevereiro. Nunca falhou.
Na última quinta feira, dia 28 de fevereiro de 2013, a empresa não efetuou o pagamento, não deu nenhuma satisfação e fez de conta que nada estava acontecendo.
Ontem, sexta feira, dia 01/03/2013 os funcionários registraram o ponto e sairam para fora da empresa em protesto contra a falta de consideração e de respeito da Orbitall.
O SEAAC estava presente, entregou boletim explicativo aos empregados e cobrou uma posição da empresa, quando um dos diretores, acompanhado da representante do Recursos Humanos, informou aos dirigentes do SEAAC, que concluiram os trabalhos de apuração nos resultados na tarde do dia 28/02 e que constataram que não tinha sido atingido os resultados esperados pela empresa, razão pela qual, não houve e nem haverá pagamento da segunda e última parcela do PPR.
Pelo sindicato foi dito que a empresa não cumpriu as formalidades de estar informando mensalmente ou bimestralmente os empregados sobre o andamento do atingimento ou não das metas; Que não houve transparência no processo desde o inicio e a singela informação forçada pelo dia de protesto, de que não se atingiu resultados, sem nenhuma comprovação, é extemporanea e não merece nenhum crédito e que a empresa TEM DE PAGAR, pois já se tornou inadimplente.
O diretor da empresa ainda fez uma proposta de criação de uma comissão de empregados, para sentar com a empresa e receber todos os esclarecimentos sobre o não pagamento do PPR.
O SEAAC alegou que se opunha a criação de comissão de empregados sem estabilidade no emprego, visto que a Orbitall é conhecidamente uma empresa que persegue, pressiona e coage os empregados que se aproximam do sindicato até mesmo para pedir informações sobre convênios e colônia de férias, imagina o que não fará com um deles que ouse contrariar sua ganancia.
A empresa não funcionou durante toda esta sexta feira, dia 01/03, como protesto, mas poderá ficar paralizada por tempo indeterminado, tendo em vista que haverá assembléia nesta segunda feira, com a ordem do dia de apontamento de inicio da greve.
São devedores não só a Orbitall, mas todos os bancos e empresas que se beneficiam da mão de obra dos empregados, como a CAIXA ECONOMICA FEDERAL, CASAS PERNAMBUCANAS, CITIBANK, SODEXO e outras, que serão notificadas do inicio da greve e terão seus nomes divulgados publicamente como responsaveis solidarios da divida com os trabalhadores.
Ocorrendo a greve, o sindicato irá também na frente dos bancos e empresas tomadoras de serviços da Orbitall, para denunciar os clientes destes, a irresponsabilidade dos bancos e empresas que terceirizam seus serviços para empregadores que não cumprem com os mais elementares direitos dos trabalhadores.
A ORBITALL é a maior empresa brasileira de processamento de cartões e de serviços de operações financeiras. Foi criada pela Credicard e depois foi adquirida pelo Banco Itaú.
No primeiro semestre do ano passado foi vendida para o grupo STEFANINI, conglomerado de empresas internacional atuando em diversos países do mundo.
A sede principal da ORBITALL é no municipio de São Caetano do Sul, no primeiro andar do mesmo prédio do Shopping central da cidade, na rua Manoel Coelho.
Neste local os empregados prestam serviços para a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, BANCO SAFRA, BANCO BANIF, CITIBANK, BANCO LUSO, BANCO FIBRA, CASAS PERNANBUCANAS, SODEXO, entre outros.
O diretor geral da Orbitall, senhor Marcos Monteiro, anunciou a duas semanas atrás que a empresa fará um investimento de R$ 6 (seis) milhões numa unidade de negócios na cidade de Campina Grande, no Estado da Paraíba.
Naquele local a Orbitall vai oferecer serviços de call center e back office de alto valor agregado, os mesmos já oferecidos em São Caetano do Sul, o que comprova a grande rentabilidade do negocio, pois ninguém em sã consciencia, ampliaria uma atividade economica que não estivesse dando lucros.
No bairro de Santana, na capital paulista, funciona outra unidade da Orbitall, com mais do triplo de empregados de São Caetano do Sul, que também iniciaram o dia de protesto com braços cruzados, mas por motivos ainda desconhecidos, voltaram a trabalhar ainda no primeiro período do dia.
Marcos Monteiro arremata a informação ao mundo corporativo, afirmando que "O aporte na nova filial faz parte dos investimentos, na ordem de R$ 150 milhões, anunciados recentemente e tem como objetivo consolidar a Orbitall como maior processadora de cartões independente”, afirma o executivo.
A Orbitall quer arrancar esses R$ 150 milhões do couro, do suor e do sangue dos jovens trabalhadores, mas aqui no ABC o SEAAC não permitirá esse crime de pura ganância e crescimento econômico às custas dos trabalhadores. Os tomadores de serviços não passarão impunes e escondidos atrás da marca ORBITALL, pois vamos desmascarar essas empresas que terceirizam seus serviços para precarizar empregos e salários.
A cobra vai fumar.
Fonte: Seaac do Grande ABC, Mogi das Cruzes e Região.





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